O CHORO DE BAU: Sem ter como explicar a surra nas urnas, ex-prefeito de Cabixi acusa adversários sem provas

Sem ter como explicar a acachapante derrota que levou seu candidato nas urnas, o ex-prefeito de Cabixi, José Rosário Barroso, o Bau, deu declarações à imprensa em Vilhena de que Érico Jorge Batista (PR), o seu candidato, perdeu porque os seus adversários compraram votos. Segundo ele, a coligação adversária contratou 500 pessoas para trabalhar pelo valor de R$ 150,00 cada uma. Na entrevista publicada no jornal Folha do Sul, o ex-prefeito que fala pelo candidato derrotado (como sempre fez) e disse que houve corrupção eleitoral, que ele não pretende denunciar, mas que vai reunir provas de abuso de poder econômico.

Ele reclamou da rígida fiscalização que foi imposta, acusando de ingerência de seus adversários. Na verdade a Justiça Eleitoral requisitou força policial para antes e durante a eleição para justamente evitar que houvesse compra de votos.

Ao fazer a acusação sem apresentar provas o ex-prefeito tenta inverter a conversa corrente na cidade de Cabixi, a de que o único risco de Izael Dias Moreira (PTB) perder a eleição seria caso a coligação comandada por Bau comprasse votos, o que em tese foi impedido pela vigilância da Justiça Eleitoral.

A força política que se uniu contra o grupo do ex-prefeito, no comando do município há sete anos e meio, se formou com uma proposta de dar um novo rumo à Cabixi, cuja prefeitura sequer podia receber recursos públicos quando Izael assumiu seu comando após a cassação de Bau pela Justiça por crime eleitoral, uma vez que estava no Cadin – cadastro de inadimplentes (devedores). Ao assumir Izael conseguiu restabelecer o crédito da prefeitura.

Érico Jorge Batista (PR), é uma pessoa agressivo e desequilibrado na foto agredindo com um soco a um eleitor.

A derrota de Bau e seu candidato também resvalou em seus posicionamentos políticos. O senador Ivo Cassol (PP) o acusa de ter sido traído por ele na campanha passada, quando Bau apoiou Expedito Júnior, algo que ele não perdoou e destacou sua mágoa em público para cerca de duas mil pessoas no último comício da coligação que apoiou Izael. Outra declaração infeliz de Bau foi a de que os deputados iriam passar vergonha em Cabixi ao pedir votos para Izael porque nada tinham levado para o município, que a bem da verdade, praticamente tudo que o município tem foi levado por parlamentares estaduais e federais, além do governo estadual. Não recebeu mais porque a prefeitura estava inadimplente, segundo o próprio atual prefeito.

Ao colocar seu prestígio em jogo, Bau, que saiu de família humilde do distrito de Planalto São Luiz, para se tornar um homem de posses, não esperava que a população estivesse ávida por mudanças na administração municipal. E o fez com uma votação maciça em Izael Dias, que foi vereador por quatro mandatos e por três vezes presidente da Câmara. Foram 2.277 votos para Izael contra 1.429 ao candidato do ex-prefeito, uma diferença de 848 votos, bem mais do que Bau disse levianamente ter sido comprados. “É muita cara de pau tentar incriminar os outros com uma prática que, a rigor, seriam deles na boca do povo. Se ele tem provas que procure a Justiça”, comentou um dos coordenadores da coligação do prefeito eleito.

Bau também não pode reclamar de que seu adversário teve apoio maciço e seu candidato não. Teve vários apoios de fora sim. A começar pelo ex-senador expedito Júnior, cassado como ele por crime eleitoral, o deputado Jean de Oliveira (PSDB) que também está sendo processado pela Justiça Eleitoral e pode perder o mandato, do pai do deputado Jean, Carlão de Oliveira, ex-deputado, ex-presidente da Assembléia Legislativa, cassado e preso por corrupção e que dispensa maiores apresentações, do deputado Federal Natan Donadon e deputado estadual Marcos Antonio Donadon, ambos do PMDB. Esse foi seu time, como se vê, fortíssimo.

Fonte: Folha do Sul

Autor: hojondônia.com.





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