Cassol, Raupp, Sobrinho, Moura, Donadon e agora os Ferreira são só alguns exemplos de clãs que se amparam na política rondoniense…
Porto Velho, RO – Sábado passado (11) Rondônia Dinâmica publicou editorial intitulado ‘Editorial – 2014: o ano da decisão em Rondônia’ (clique para ler).
No texto, abordou-se a importância do voto este ano e, principalmente, as conseqüências que poderão advir dele. Ainda naquela ocasião, foi levantada a questão acerca dos sobrenomes que monopolizam a política em Rondônia.
Ao fim, fez-se um questionamento: será que não está na hora de abrir os portões da oportunidade à gente nova, que não tenha ainda passagem pelos poderes Executivo e Legislativo?
Pois bem! Desejar isso é uma coisa; acontecer, de fato, é outra completamente diferente. Isso porque os próprios partidos não querem descartar seus ‘Coringas’. Quem é que seria louco, por exemplo, de dizer não a um campeão de votos como senador e ex-governador Ivo Cassol (PP)?
Ou, melhor ainda: algum dirigente partidário teria o peito de dizer ao casal Raupp – com provavelmente mais do que o dobro de votos que qualquer um no clã Cassol – que chegou a hora de eles darem um ‘tempo’?
Sonho, meu… Sonho nosso!
Isso sem contar com os Donadon, Erse, Sobrinho, Moura, Amorim, Nazif e agora os Ferreira. Este último sobrenome, pertencente à família do tucano Expedito Júnior, terá um reforço: o filho do líder do PSDB, encabeçando a juventude no Solidariedade, dara mais forças à candidatura do pai ao Palácio Presidente Vargas e ajudará no jogo do quociente eleitoral.
Falando em Donadon, alguém duvida que eles ainda tenham lugar e vez lá pelas bandas de Vilhena? Há quem diga que Natan seja inocente. Por isso, caro eleitor, por mais que se saiba que exista esse monopólio genealógico nas urnas em Rondônia, parece que pouco ou nada é possível ser feito.
Os conchavos pré-eleição são minuciosamente compostos. Gente nova de cara limpa que se aventura e se mete nesse meio é tachada logo de louca. A opinião pública diz de cara que o sujeito é fraco. Um exemplo é o pastor Aluízio Vidal, do PSOL, que, sem as tradicionalíssimas parcerias políticas com a sombra de empresários e sindicatos, impressionou, foi bem longe, mas sequer chegou perto da Prefeitura em Porto Velho nas eleições de 2012.
Se fosse eleito este ano a um cargo de deputado federal, por exemplo, seria um excelente pontapé para uma possível reestruturação nesse sistema.
Até lá, enquanto os eleitores não souberem se reciclar, os Pereira, Lopes, Veloso, Freitas, Silveira, Trajano, Assunção e afins estarão fora das cadeiras tanto do parlamento quanto da administração em nosso estado.
Autor: Rondoniadinamica
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM