Publicação disponibilizada gratuitamente pela Embrapa Café demonstra vantagens na qualidade com a conservação refrigerada
O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e, no caso do Brasil, é também uma das principais commodities agrícolas comercializadas internamente e externamente. Para se ter uma ideia da dimensão da cafeicultura em nível mundial, no ano-cafeeiro 2022, a produção global foi estimada em pouco mais de 167 milhões de sacas de 60kg. E, neste contexto, o Brasil se destaca historicamente como o maior produtor e exportador, haja vista que as suas respectivas safras dos Cafés do Brasil têm correspondido em média a um terço da produção global.
Em geral, os valores obtidos com a comercialização do café, tanto no País como no exterior, além de outras particularidades inerentes ao mercado, são também bastante influenciados e determinados pela qualidade do produto, cuja cotação de preços é mais rentável, em função da pontuação e de atributos positivos percebidos na análise sensorial dos grãos de cafés especiais. Neste caso, o armazenamento adequado é considerado essencial para a manutenção da qualidade, além de suprir eventuais demandas na entressafra, e, consequentemente, propiciar mais renda aos produtores de café.
Tradicionalmente no Brasil, o café tem sido armazenado após o beneficiamento em ambientes sem o controle adequado de temperatura e de umidade relativa do ar, em embalagens de sacos de juta e/ou big bags, muitas vezes sem também atentar para a manutenção e preservação da qualidade do produto. Contudo, tem sido demonstrado por meio de pesquisas que a armazenagem sob baixas temperaturas do ar, além de diminuir a incidência e o desenvolvimento de microrganismos, é eficaz na preservação das características qualitativas iniciais dos grãos de café.
Fonte: Por Observatório do Café