Porto Velho/RO – A Polícia Federal deflagrou na manhã de terça-feira, 06 de novembro, a Operação Eldorado, com objetivo de desarticular organização criminosa dedicada à extração ilegal de ouro e posterior comercialização no Sistema Financeiro Nacional.
A operação consiste no cumprimento de 28 Mandados de Prisão Temporária, 08 Mandados de Condução Coercitiva e 64 Mandados de Busca e Apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal de Mato Grosso, a serem cumpridos em 07 Estados do Território Nacional (MT, PA, RO, AM, SP, RJ e RS).
Em Porto Velho estão sendo cumpridos 08 mandados de prisão temporária, 01 mandado de condução coercitiva e 11 mandados de busca e apreensão, com cumprimento em uma empresa, um sindicato e uma cooperativa de garimpeiros.
As investigações tiveram início em fevereiro do corrente ano e foram desenvolvidas pela Superintendência Regional em Mato Grosso, por intermédio da DELEFIN/SR/MT – Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos, ficando constatado que, além dos crimes ambientais praticados (exploração ilegal de recursos minerais, destruição de áreas de preservação permanente e poluição), a organização criminosa cometeu também crime contra a ordem econômica (usurpação de bens da União), contra o Sistema Financeiro Nacional e Lavagem de dinheiro.
O ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, era adquirido por empresas Distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários – DTVM’s e, após dissimular a origem, era vendido como ativo financeiro para investidores em São Paulo/SP. Em 10 meses de investigação, foi possível constatar que uma das Empresas Distribuidoras, das 03 (três) envolvidas no esquema, movimentou mais de R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais).
Participam da OPERAÇÃO ELDORADO mais de 300 (trezentos) Policiais Federais, que atuam no cumprimento dos Mandados Judiciais nos 07 (sete) Estados da Federação, bem como outros 80 (oitenta) Policiais que atuam diretamente nos locais onde eram extraídos os metais preciosos, além de Fiscais do IBAMA, que participam da investigação desde o início.
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM