Quilombo


PF prende ex-presidente da Emdur por envolvimento em esquema que desviou R$ 27 milhões da Prefeitura de Porto Velho


Ele foi condenado por participar de um esquema que usava empresas de fachada para desviar dinheiro público. A prisão foi determinada em regime aberto. Polícia Federal — Foto: Reprodução

A Polícia Federal prendeu, na sexta-feira (24), o ex-presidente da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (Emdur), Mário Sérgio Leiras. O ex-gestor foi condenado por participar de um esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 27 milhões dos cofres da prefeitura.

A prisão foi determinada em regime aberto pela Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas do Tribunal de Justiça de Rondônia (Vepema). Mário foi localizado por agentes da PF em Porto Velho e levado à Superintendência Regional da Polícia Federal, onde foram tomadas as medidas legais.

Segundo as investigações, o esquema desviou dinheiro que deveria ser usado em obras de infraestrutura por meio de empresas de fachada e contratos superfaturados.

Mário é apontado pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) como líder do esquema, usando sua posição para pressionar e comandar os demais na execução das fraudes. O crime foi revelado em uma operação do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) com apoio das polícias Civil e Militar em 2013.

g1 tenta localizar a defesa de Mário Sérgio.

Investigação começou após sumiço de processos

As investigações começaram em julho de 2012, quando cerca de 100 processos licitatórios desapareceram da sede da Emdur. Na época, foi realizada uma perícia na empresa e a apreensão de diversos documentos.

As fraudes ocorriam a partir da entrega dos editais de licitação que eram recebidos pelos próprios funcionários da Emdur que se passavam por representantes das empresas que concorreriam a licitação.

Com essas provas, os investigadores conseguiram identificar os responsáveis pelo esquema e reunir evidências suficientes para a operação. De 2013 até 2016 foram oferecidas 47 denúncias aos envolvidos.

Absolvido inicialmente, condenado após recurso

Em 2013, o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) chegou a absolver o ex-presidente, alegando falta de provas sobre sua intenção e sobre prejuízo direto aos cofres públicos. Antes disso, ele havia sido condenado, em primeira instância, a quatro anos de prisão por fraude em licitações.

O MPRO, no entanto, recorreu da decisão. O caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que aceitou os argumentos do Ministério Público e determinou que o TJRO retomasse o julgamento, resultando agora na condenação definitiva a 10 anos de prisão.

Fonte: Por g1 RO


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