O senador Ivo Cassol (PP-RO) rebateu em Plenário nesta quarta-feira (15) declarações de representantes do atual governo de Rondônia, que teriam acusado sua gestão à frente do estado de ser responsável por uma dívida de mais de R$ 500 milhões. Cassol governou Rondônia de 2003 a 2010.
A acusação foi feita durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Rondônia, na última terça-feira (14), para discutir a situação econômica do estado e a possibilidade de realização de um empréstimo, no valor de R$ 542 milhões, junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O senador posicionou-se contra o empréstimo, alegando que o estado não tem condições de se endividar ainda mais.
No evento, o secretário-chefe da Casa Civil de Rondônia, Juscelino Amaral, afirmou que o atual governo herdou uma dívida estadual de R$ 240 milhões, mais R$ 300 milhões de prejuízo da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd).
Ivo Cassol desmentiu as acusações e classificou como “deselegante” a atitude do secretário de governo. Ele afirmou que nos oito anos que passou no comando do estado, não houve “roubalheira”, nem nenhum secretário foi preso ou acusado de irregularidades.
– Nós temos gente boa em tudo quanto é partido. Mas temos ladrão também em tudo quanto é partido. E o PMDB no meu estado, infelizmente, a gestão está um desastre. Está uma sem-vergonhice, uma roubalheira. Tanto que foi tanta gente para a cadeia, até assessor particular do governador – acusou.
Segundo Cassol, até agora, nada foi feito em Rondônia pelo atual governo. A promessa de melhoria na Saúde, por exemplo, não estaria sendo cumprida. A rede pública do estado ainda conta apenas com as melhorias feitas ao longo de seus dois mandatos como governador, assegurou.
O senador também afirmou que não é contra a captação de recursos para investimentos e obras no estado. Porém, não vê justificativa para um novo empréstimo, quando R$ 289 milhões em financiamentos já foram aprovados e ainda não foram utilizados. Além disso, um parecer da Secretaria do Tesouro Nacional atestaria que Rondônia não tem crédito suficiente para contrair novos empréstimos.