PM ESTÁ EM ALERTA PARA CONFRONTOS ENTRE ÍNDIOS E CIVIS EM HUMAITÁ

Cerca de 180 policiais militares atuaram na manifestação usando bombas de efeito moral e bala de borracha, para “controlar o conflito” na última quarta-feira…

Após a revolta popular, iniciada por volta das 15h da última quarta-feira (25) e estendida até a madrugada desta quinta (26), na cidade de Humaitá (distante 600 quilômetros de Manaus), a Polícia Militar está em alerta para possíveis confrontos entre índios e civis.

Conforme o major Roseiro, do Batalhão da PM de Humaitá, manifestantes atearam fogo na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), na Casa de Saúde Indígena (Casai) do município e em 16 veículos.

A revolta foi movimentada por aproximadamente 3 mil pessoas, conforme a polícia militar, que são familiares e amigos de três pessoas desaparecidas desde o último dia 16 de dezembro, após serem vistos pela última vez próximas no território indígena Tenharim, quilômetro 85 da BR-320 (Transamazônica), em Humaitá.

Cerca de 180 policiais militares atuaram na manifestação usando bombas de efeito moral e bala de borracha, para, segundo Roseiro, “controlar o conflito”. O major informou ainda que uma tropa especializada da PMAM, com 25 homens, será mandada até o município para evitar outros confrontos. “Nesta manhã esteve tudo tranquilo, após as manifestações. Não houve morte, mas algumas pessoas se machucaram. Identificamos algumas pessoas que praticaram atos de vandalismo e com certeza eles serão punidos”.

O morador do município, Iuri Lobo, que presenciou os atos de violência, contou que familiares e amigos dos desaparecidos se rebelaram ao receberem a notícia de que as três pessoas tinham sido mortas pelos índios da reserva.

“Ninguém sabe realmente se eles morreram, porque nenhum órgão sabe comunicar isso. Por esse motivo que houve a revolta contra as sedes que foram incendiadas. O que se especula foi que um índio foi atropelado e morto na estrada, e os outros índios revoltados pegaram o primeiro carro que passou, onde estariam as três pessoas”, explicou Lobo.

Um familiar, que preferiu não se identificar, disse que se nenhuma notícia for dada e os desaparecidos não forem localizados, a revolta acontecerá dentro do território indígena. “Queremos saber se ao menos eles estão vivos ou mortos. É inadmissível que ninguém saiba dar respostas sobre isso. Se não falarem nada, nós vamos até à aldeia”.

Segundo o major Roseiro, o que dificulta que a revolta chegue até à terra indígena, é a distância, visto que o acesso só é possível através de balsa.

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REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM





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