Um dos tiros disparados por dois bandidos atingiu a caminhonete blindada usada pelo prefeito. Depois, ele foi perseguido por aproximadamente 45 quilômetros…
Porto Velho, Rondônia – O prefeito de Machadinho do Oeste, Mario Alves da Costa (PV), o Marinho da Caerd, foi vítima de um novo atentado a bala na noite de sexta-feira (28), em cima da ponte sobre o rio das Antas, na divisa entre Machadinho e Ariquemes. Um dos tiros disparados por dois bandidos atingiu a caminhonete blindada usada pelo prefeito. Depois, ele foi perseguido por aproximadamente 45 quilômetros.
Marinho da Caerd voltava de Ariquemes com o secretário Municipal de Fazenda e Planejamento, Adnilson Ferreira, e com o secretário Municipal de Educação, Adalton Alexandre do Amaral Pereira, após participar de uma reunião com a direção aa Fundação Nacional de Saúde (Funasa), quando viu uma caminhonte da Eletrobras atravessada sobre o rio.
A caminhonete estava em poder de três bandidos, sendo que saíram atirando, enquanto o terceiro cuidava de dois funcionários da Eletrobras que eram mantidos como reféns. Marinho da Caerd deu marcha ré na caminhonete blindada que dirigia, manobrou o carro e voltou para Ariquemes.
Enquanto o bandido que os vigiava se distraiu olhando os colegas atirar na caminhonete, os dois funcionários da Eletrobras pularam no rio das Antas e escaparam nadando. Os marginais perseguiram Marinho da Caerd até próximo a Ariquemes, por aproximadamente 45 quilômetros, e depois abandonaram o veículo.
Em Ariquemes, Marinho da Caerd procurou a Polícia Militar, que comunicou o ocorrido ao governador Confúcio Moura (PMDB). Posteriormente, uma equipe da Força Nacional de Segurança o acompanhou até Machadinho do Oeste.
Violência
Machadinho do Oeste é chamado à boca miúda de “Machadinho do Faroeste”, devido à violência e a duas chacinas ocorridas recentemente, que ainda estão sendo investigadas. O próprio Marinho da Caerd, que foi reeleito prefeito, foi ferido no braço por um tiro logo no início de seu mandato, supostamente por ter contrariado interesses de fornecedores. Ele estava em uma caminhonete quando um motoqueiro emparelhou com o veículo. O carona atirou.
O então policial civil Fabrício da Silva Santos foi acusado de ter sido o autor dos disparados. Ele era um dos que investigava o atentado contra o prefeito. Com a descoberta de que ele seria o pistoleiro, acabou sendo acusado também por diversos crimes, tendo sido condenado a mais de cem anos de prisão.
Posteriormente se descobriu que Fabrício tinha acesso a notebook e telefone celular na prisão, onde se relacionava via internet com diversas mulheres, sendo informado de praticamente tudo o que ocorria em Machadinho. O Ministério Públicou agiu, impedindo que ele tivesse acesso a equipamentos eletrônicos. Na ocasião, Fabrício teria ameaçado o promotor encarregado do caso.
Em uma das chacinas ocorridas em Machadinho, três marginais se deitaram quando alguns homens se aproximaram. Dois foram executados com tiros na cabeça, ainda deitados. O terceiro tentou escapar mas também foi alvejado e morto a tiros. Não é comum que marginais se deitem no chão quando chegam bandidos. Eles são acostumados a se deitar quando são abordados por policiais.
Caminhonete
Devido ao primeiro atentado, Marinho da Caerd comprou uma caminhonete blindada e passou a andar com segurança. O Ministério Público considerou desperdício de dinheiro público e a Justiça recolheu o veículo. Posteriormente a caminhonete foi devolvida a ele.
Mesmo dispondo da caminhonete blindada, o prefeito tem problemas. Não há policiais suficientes para cuidar da sua segurança. Ele também colocou cerca elétrica em sua casa, mas em Machadinho há constante falta de energia, gerada por motor. A Polícia não descobriu o mandante do primeiro atentado.
Fonte: Alerta Notícias
- REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM