PRESIDENTE DA CÂMARA DE PORTO VELHO É ACUSADO DE DESVIO DE DINHEIRO

Denúncias apontam para esquemas montados com a finalidade de desviar dinheiro público para campanhas de candidatos do PV em Porto Velho. A maior parte dos recursos estaria saindo da Câmara de Vereadores, através de contrato assinado pelo presidente da Casa, Eduardo Rodrigues (PV), mais conhecido como Eduardo da Milla.

Planilhas comprovam que a obra de reforma da Câmara de Porto Velho, no valor de aproximadamente um milhão de reais, ganho pela empresa PVH Construtora, de propriedade do amigo particular e vizinho do vereador Eduardo da Milla, conhecido como Maranhão, estaria superfaturada. O recurso destinado à reforma seria suficiente para a construção de uma nova Câmara.

A obra, que começou há pouco mais de uma semana, tem irregularidades que vão desde os pequenos detalhes, como a falta de placa de identificação de obra pública e o fato de desbancar mais duas empresas, Caboclin e Sistema, que se retiram do processo licitatório a pedido do presidente Eduardo da Milla, segundo uma fonte, para beneficiar a empresa do amigo Maranhão. “A obra era para ser iniciada em 2011, mas o período eleitoral era de maior interesse de Eduardo, que visou a arrecadação de dinheiro para investir na reeleição” – disse o denunciante.

A preocupação com a reeleição envolve também a junção do presidente com um estelionatário conhecido da Polícia, Fernando da Gata, que saiu da cadeia no dia 19 de janeiro deste ano, mas que ainda tem muitos processos na Justiça por estelionato e caixa alto para investir na campanha de Eduardo. Ambos fizeram acordo para que o investimento fosse não só no pleito de vereador, mas também na campanha de Lindomar Garçon (PV) para prefeitura de Porto Velho. O acordo foi selado neste sábado (30) no prédio da Assembleia Legislativa, na presença dos vereadores Marcelo Reis (PV) e Eduardo Rodrigues, Garçon e Fernando da Gata.

O PV tem outras histórias de corrupção, má versação do dinheiro público e fraudes em licitações, como é o caso de obras existentes no município de Candeias do Jamari e no distrito de Triunfo, referente a rede de água, onde pode ser constatado o superfaturamento.

O procedimento do presidente da Câmara também se dá na empresa contratada para fornecer alimentação, que é a empresa Fino Sabor, firma envolvida na Operação Termopilas, o escândalo que levou à cassação de Valter Araujo (PTB). Outro fator estranho com relação à contratação de empresas na Câmara é que algumas delas permanecem prestando serviços há mais de seis anos, tendo somente o contrato renovado pelos presidentes, como por exemplo a empresa de informática, que atua até hoje no sistema, e empresa de limpeza de aparelhos de ar condicionados, contrato no valor de 12 mil reais mensais, que não dispõem nem de funcionários presentes na Câmara de Vereadores.

Autor : Assessoria/Aurimar Lima.

REDAÇÃO/HOJERONDONIA.





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