PRESIDENTE DO CREA-RO FALA SOBRE MOBILIDADE URBANA EM ENTREVISTA

Em entrevista concedida ao programa “Amazônia TV, da TV Rondônia, na tarde desta terça-feira, 26, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RO), engenheiro civil Nélio Alencar abordou sobre mobilidade urbana, assunto que, segundo ele, deve ser amplamente discutido e tratado com acuidade. A mobilidade urbana se apresenta como um dos principais desafios das grandes metrópoles no Brasil e no mundo. O deslocamento de pessoas em direção aos grandes centros em busca de serviços de qualidade, empregos e oportunidades de negócios contribuem para a concentração populacional nas grandes capitais e regiões metropolitanas.

De acordo com Nélio Alencar, o aumento do tráfego, amplia também o risco de acidentes de trânsitos. “Estamos falando de vidas, que é o principal bem e que precisamos preservar. A nossa capital teve um aumento populacional significativo e, consequentemente, aumentou o volume de carros e motos. A falta de fiscalização, de placas de sinalização, a ausência de planejamento, ciclovias e motovias, entre outros pontos, facilitam os acidentes”, disse Nélio.

Dados do Ministério da Saúde revelam que a violência no trânsito é uma das principais causas de mortalidade no Brasil. Em 2011, Rondônia foi o segundo Estado da região Norte com o maior número de vítimas fatais, perdendo apenas para o Pará.

Durante a entrevista, o presidente falou sobre o pré-projeto idealizado pelo Crea Rondônia sobre as vias específicas para motocicletas (motovias) nas principais avenidas e de ciclovias em todos os canais que cruzam a cidade. O objetivo, segundo o presidente, é assegurar melhores condições de mobilidade e contribuir para evitar tantos acidentes com motos. “O pré-projeto já foi apresentado ao prefeito Mauro Nazif e está em análise para que, futuramente ele seja integrado ao plano diretor do município de Porto Velho”, disse.

A Lei

A Lei nº 12.587/2012 que trata sobre a mobilidade urbana tem como objetivos melhorar a acessibilidade e a mobilidade das pessoas e cargas nos municípios e integrar os diferentes modos de transporte. A legislação, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, dá prioridade aos meios de transportes não motorizados e ao serviço público coletivo, além da integração entre os modos e serviços de transporte urbano.

A lei prevê ainda, instrumentos para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades, como a restrição da circulação em horários predeterminados, a exemplo do que já existe em São Paulo. Também permite a cobrança de tarifas para a utilização de infraestrutura urbana, espaços exclusivos para o transporte público coletivo e para meios de transporte não motorizados, além de estabelecer políticas para estacionamentos públicos e privados.

A nova lei exige que os municípios com mais de 20 mil habitantes elaborem planos de mobilidade urbana em até três anos, que devem ser integrados aos planos diretores. Atualmente, essa obrigação é imposta aos municípios com mais de 500 mil habitantes.

Porto Velho

Recentemente, o Ministério das Cidades aprovou o projeto Reestruturação do Sistema de Transporte Urbano da capital, apresentado pela prefeitura. O projeto prevê a implantação e reforma de abrigos para os usuários de transporte coletivo, instalação de sinalização vertical (placas) e horizontal (pintura de pista) de ponto de parada de ônibus, construção e reforma de Estações de Integração e Terminais de Ônibus Urbano, Instalação do Sistema de Prioridade Seletiva e de padronização de calçadas, adequação de rampas de acesso à hidrovia para os distritos do Baixo Madeira e colônia dos pescadores, implantação de uma nova rampa de acesso no Terminal Intermodal Hidroviário de Porto Velho e readequação do espaço, além da implantação da Rede Cicloviária no município.

Por Narah Braga e Natália Lima

Fonte: PMPV

REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM





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