A advogada doutora Rosângela Cipriano (foto), representando o cabo da reserva João batista Gonçalves, deu entrada na tarde de quinta-feira no fórum eleitoral de Vilhena a um pedido de inelegibilidade do prefeito Zé Rover, reeleito na eleição deste ano para mais um mandato como prefeito de Vilhena. O pedido se baseia na apreensão pela Polícia Federal de requisições de combustíveis da secretaria municipal de saúde usados para abastecer veículos de cabos eleitorais do então candidato.
De acordo com a denúncia no dia 13 de julho passado a Polícia Federal apreendeu 11 requisições de combustíveis da Secretaria Municipal de Saúde assinadas pela servidora Ana Quézia Silva com data entre os dias 05 a 12 de julho. Também foram apreendidos cupons fiscais e comprovantes de débitos e créditos que versam sobre a mesma distribuição de combustíveis em período eleitoral. O flagrante foi dado em um fusca azul placa NBD-1382, que era conduzido por Francis Araújo Miranda pela Polícia Federal quando este abastecia no Posto Mirian com requisição da prefeitura. O carro estava adesivado com propaganda do candidato.
Uma das testemunhas que prestaram depoimentos na Polícia Federal, disse que as ordens para a entrega de combustível partiam diretamente do prefeito Zé Rover e de Zé da Paraná, que até o início da campanha eleitoral era o chefe responsável pelo setor de distribuição de combustível da Secretaria Municipal de Saúde. Em seu depoimento Ana Quézia confirmou a subordinação às ordens do chefe para emitir requisições de combustíveis. Ela foi exonerada de sua função, mas não se afastou da campanha pela reeleição do prefeito Zé Rover. A imprensa fotografou sua participação na “caminhada lilás”, um evento de campanha promovido pela primeira-dama Lizangela Rover. A peça acusatória também acusa ao prefeito de abuso de poder político ao permitir o uso de combustível da Secretaria Municipal de Saúde em favor de sua reeleição.
Autor: hojerondonia.com