Apesar das barreiras, as quadrilhas conseguem levar carros roubados até a fronteira de MT com a Bolívia. Ladrões levam donos dos veículos para cativeiro até veículo chegar à fronteira…
A Polícia Civil descobriu que as quadrilhas estão mudando a estratégia para garantir que os veículos roubados na Grande Cuiabá – em caso especial, caminhonetes – sejam entregues aos “atravessadores”, na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, na região da Grande Cáceres (Oeste de Mato Grosso).
O esquema é deixar os donos dos veículos roubados em cativeiro, até que a transação criminosa seja feita e praticamente não haja mais condições de os carros serem recuperados.
No começo da tarde de domingo (18), dois homens renderam o dono da picape Ford Ranger prata, placas OIB-6917, e o deixaram cerca de seis horas num cativeiro improvisado, próximo à Ponte Sérgio Motta, em Várzea Grande.
Esse tempo, segundo a Polícia, foi suficiente para que o carro chegasse na região de fronteira, onde a moeda de troca é droga, notadamente cocaína.
Segundo o dono da Ranger, ele fazia um saque de dinheiro no caixa eletrônico do Supermercado Modelo do Coxipó, na Avenida Fernando Correa, quando foi abordado pelos dois assaltantes.
Rendido, ele foi colocado no banco traseiro e levado para Várzea Grande, até um cativeiro, nas proximidades da Ponte Sérgio Motta. “Desci e fui obrigado a entrar no mato, estava escuro e vi que lá tinha uns cinco caras, certamente, integrantes do bando. No local havia um Clio preto, que, provavelmente, era roubado”, relatou a vítima, ao registrar queixa na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos da Capital. Em seguida, segundo ele, um dos bandidos saiu com a Ranger. Os outros quatro ficaram próximo da rodovia, atuando como “olheiros”.
“Só pedi para não me colocarem no porta-malas. Então, fiquei sentado no banco traseiro. Quando saíram para comprar drogas e cerveja, fiquei no mato”, acrescentou.
Por volta das 23 horas, segundo ele, os ladrões saíram no Clio e o deixaram num trecho da Rodovia dos Imigrantes. Ele teve que caminhar por cerca de um quilômetro e meio, até chegar em um posto de combustível e pedir ajuda a um frentista. Segundo ele, a picape roubada é flex e foi comprada há menos de uma semana.
MIDIANEWS.
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM