Os trabalhadores estaduais do setor de educação iniciam greve nesta quinta-feira em protesto contra a posição do Governo em não conceder o reajuste salarial exigido pela categoria, entre outras reivindicações. Eles reclamam 15% no vencimento básico, aumento de 100% na gratificação de unidade escolar, envio do Plano de Carreira à Assembleia Legislativa em março, auxílio alimentação no valor de R$ 250,00, destinação mensal de R$ 500 mil para pagamento da licença prêmio com critérios a serem definidos pela categoria e garantia do pagamento do auxílio saúde aos aposentados no valor de R$ 150,00.
A categoria decidiu permanecer com as atividades paralisadas até o dia 1º de março, quando o governo do Estado promete mais uma rodada de negociações.
Os profissionais da educação já haviam manifestado em assembleias anteriores a disposição para a greve, mas decidiram apresentar ao governo uma última contraproposta contendo as reivindicações da categoria.
Na quarta-feira, dia 15/02, o secretário de Estado da Educação, Julio Olivar, respondeu com um ofício informando que o governo não teria como atender às reivindicações. Nesta quinta-feira, dia 16/02, o governo encaminhou ao Sintero um novo ofício, desta vez assinado pelo secretário Chefe da Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral, convidando o sindicato para uma reunião dia 28/02 em Brasília com a ministra do Planejamento, Mírian Belchior, e marcando uma nova audiência para o dia 1º de março, para tratar das reivindicações.
A categoria entendeu que a educação não pode mais esperar, e que o governo do Estado possui meios de atender às reivindicações, principalmente de reajuste salarial, aumento das gratificações, pagamento da licença prêmio e reformulação do plano de carreira.
Para os trabalhadores em educação, a espera pelo plano de carreira e por valorização já dura mais de um ano, pois são itens que constam do termo de compromisso do governador Confúcio Moura com a educação, assinado ainda em 2010, para ser cumprido em 2012.
A categoria reclama que o governo vem protelando a solução dos problemas na educação, e com isso o tempo vai passando e os salários estão cada vez mais defasados.
Também ficou decidido que os trabalhadores passarão a fazer atos públicos e protestos em frente ao Palácio do Governo e em frente à Seduc. No interior serão realizados protestos nas praças públicas e nas Representações de Ensino.
Nesse período é possível que caravanas de trabalhadores em educação de todo o Estado se desloquem para a Capital, onde se concentrarão os maiores protestos.
Uma nova assembleia será realizada dia 1º de março, após a rodada de negociações. Caso o resultado não seja satisfatório, a educação poderá entrar em greve por tempo indeterminado.
RONDONIAGORA.
FONTE/HOJERONDONIA.