Para fiscalizar as obras de restauração no chamado Lote 2 da BR-364, atendendo a requerimento dos senadores rondonienses, Acir Gurgacz (PDT), Valdir Raupp (PMDB) e Ivo Cassol (PP), aprovado na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, presidida pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), general Jorge Fraxe, percorreu o trecho da rodovia de Ji-Paraná a Pimenta Bueno, acompanhado do diretor de Infraestrutura Rodoviária, Roger da Silva Pégas; Alex Peres, coordenador-geral de Manutenção e Restauração Rodoviária, além de deputados federais e os três senadores.
Na última quarta-feira, Collor rasgou um relatório do Dnit, ao ser informado por Acir Gurgacz e Raupp que as obras ainda não tinham sido iniciadas. Ontem, para surpresa de todos, a Construtora Centro Minas (CCM) consorciada à Construtora Centro Leste (CCM), ambas de Minas Gerais, responsável pela execução do projeto, que até sexta-feira trabalhava com número de operários inferior ao que constava no relatório do Dnit, havia reforçado o efetivo e espalhado máquinas e operários ao longo da 364. O descuido foi tamanho que alguns detalhes quase que passaram despercebidos: os veículos não estavam plotados com adesivos da empresa e, sim, com o anúncio “Aluga-se” na maioria das maquinas. Detalhes que não passou despercebido pelo deputado federal, Marcos Rogério (PDT).
Na inspeção, o general Fraxe visitou as usinas de asfalto e conferiu o trabalho de restauração da BR e cobrou mais celeridade por parte da construtora na revitalização do Lote 2. “Uma visita muito proveitosa, porque pode se ver in loco o avanço das obras com cinco frentes de trabalho, dois acampamentos, usina de asfalto fazendo e as dificuldades naturais da obra. Fizemos algumas recomendações a todos os técnicos para aumentar a impulsão das obras, já que as chuvas chegaram ao fim. Agora é hora de aumentar o ritmo das obras”, ressaltou o general.
DNIT anuncia pregão urgente para tapa-buraco
O diretor-geral do Dnit garantiu que a manutenção da BR-364 foi executada. “O problema maior é que atacada a base, a capa asfáltica na chuva se perdeu e tudo começou a se soltar. De qualquer maneira, pretendo fazer a partir de agora uma conferência mais rigorosa no trecho que foi aplicada massa asfáltica. Estarei lançando um pregão urgente para que possamos assegurar zero buraco na rodovia. Onde tiver buraco, vamos tampar, até que a restauração chegue e transforme a estrada velha em estrada nova”, afirmou.
A recuperação da BR-364 terá investimento de R$ 600 milhões e contempla 700 quilômetros. A restauração é dividida em quatro lotes. O mais critico está entre Pimenta Bueno e Ouro Preto do Oeste, no trecho de 194 quilômetros com investimentos de R$ 11 milhões. “A visita do general Fraxe, acompanhado dos três senadores e deputados federais, tem por objetivo resolver essa questão da BR-364. Na verdade a vinda do general fez a empresa antecipar o começo da obra, na última sexta-feira, depois que foi confirmada a vinda do general ao Estado”, disse o senador Acir, destacando a importância de inspeção para que a obra aconteça com qualidade e tempo recorde. “Esperamos que a empresa dê celeridade ao projeto para compensar o atraso para início das obras”, reforçou o senador.
A BR-364 é a espinha dorsal do Estado, fazendo a ligação do Norte ao Sul do País. Para o senador Valdir Raupp, a vinda do general dá a certeza que as empresas vão se mobilizar para a execução do projeto dentro do cronograma previsto. “O prazo de entrega, segundo a construtora, é para o final de novembro. Alguns trechos ainda serão licitados, esperamos que essa obra ocorra com urgência até porque muitas vidas foram ceifadas nessa rodovia, ainda há pouco presenciamos um acidente, por isso a importância da recuperação”, declarou. A inspeção às obras da rodovia ainda contou com a presença dos deputados Nilton Capixaba, Marinha Rauup, Carlos Magno e prefeitos de municípios ao longo da BR.
DIÁRIO DA AMAZÔNIA
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM
