A greve dos trabalhadores em educação da rede estadual de Rondônia entrou nesta sexta-feira (07) em seu segundo dia, com crescente adesão da categoria em todas as regiões do estado. O movimento, liderado pelo Sintero, é resultado de negociações frustradas com o Governo de Rondônia, que não atendeu às principais pautas da categoria, como valorização profissional, melhorias salariais e respeito aos direitos dos servidores.
No Cone Sul, a diretoria regional do Sintero foi acionada ainda no primeiro dia de greve para verificar in loco denúncias de perseguição contra servidores emergenciais. Segundo relatos, gestores de escolas em Vilhena e Cerejeiras estariam coagindo professores contratados, ameaçando com exonerações e praticando assédio moral, em uma tentativa de impedir a participação legal dos profissionais na paralisação.
A diretora regional do Sintero no Cone Sul, professora Lívia Maria, afirmou que as pressões partem das próprias superintendências regionais de ensino, que estariam exigindo que os emergenciais permaneçam nas unidades escolares como forma de desmobilizar o movimento. “Sem realizar concurso público desde 2016, o governo mantém esses professores temporários sob forte controle, usando o medo da exoneração como ferramenta de repressão”, denuncia a dirigente sindical, que esteve no programa de TV, juntamente com o representante do Sindicato dos Professores em Rondônia, Ozeas Ferreira. Lívia reportou, com indignação, que na maior escola de Colorado do Oeste, os trabalhadores foram ameaçados de exoneração.
Além das tentativas de intimidação, alguns veículos de comunicação com laços comerciais com o governo estão tentando deslegitimar o movimento grevista. “Há uma campanha para confundir a opinião pública, alegando prejuízo à sociedade e dando voz a supostos representantes sindicais que, na verdade, não representam a categoria e se posicionam contra as reivindicações legítimas dos trabalhadores em educação”, alertou a presidente do Sinter, Dioneida Castoldi.
A greve continua por tempo indeterminado e tem como foco principal a abertura de um canal efetivo de diálogo com o Governo de Rondônia. O sindicato reforça que a luta é por valorização, respeito e qualidade na educação pública estadual. O Sintero também pede o apoio e compreensão da sociedade, destacando que o objetivo é garantir condições dignas de trabalho para os educadores e uma escola pública de qualidade para todos.
Fonte: Por Assessoria