Inédito no país, o projeto busca aprimorar a qualidade da principal espécie de peixe disponível no Estado…
Produzindo em torno de 15 mil toneladas de tambaqui, Rondônia desenvolve projeto que busca a melhoria do plantel de matrizes da espécie, visando evitar consaguinidade e fornecer alevinos de melhor qualidade com origem conhecida para o mercado.
Em conjunto com o grupo de pesquisa PeixeGen, da Universidade de Maringá (UEM), o Sebrae/RO, iniciou um trabalho inédito no Brasil de identificação genética de plantéis de reprodutores de tambaqui.
A partir de 2008, o Sebrae Nacional acreditou na qualidade do trabalho e iniciou o projeto Rastreabilidade do Tambaqui de Rondônia, coordenado pelo professor Danilo Streit, coordenador do grupo de pesquisa Aquam, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em agosto de 2010, iniciou-se mais um experimento, dentro do projeto, finalizado em maio. O experimento consistiu basicamente em avaliar a campo alevinos com origem genética conhecida, estocados em tanques sem renovação de água.
Os animais estocados (com identidade genética conhecida) foram identificados com “microchip” para acompanhamento individual, pesados e medidos todos os meses do experimento, com coleta de sangue para acompanhamento do estado fisiológico e, agora, serão abatidos e processados por equipe especializada da Escola Superior Luís de Queiroz, da Universidade do Estado de São Paulo (ESALq-USP).
Filés dos tambaqui serão transportados para a ESALq, para posterior analise de off flavor e qualidade nutricional dos animais que foram produzidos.
De acordo com o coordenador do projeto, as informações obtidas até agora são altamente positivas, pois o modelo foi desenvolvido para ser aplicado na produção do tambaqui para pequenos e médios produtores – com o diferencial de poder ser agregada ao produto a identificação genética dos alevinos e o sistema de produção sem emissão de efluentes para o ambiente.
“Cabe ressaltar que a parceria entre o Sebrae/RO, UFRGS, UEM e USP possibilitou a integração de conhecimento e repasse de tecnologia para a unidade modelo Piscicultura Boa Esperança, de Pimenta Bueno. Uma tese de doutorado e uma dissertação de mestrado também estão sendo finalizadas com o volume de informações produzidas”, diz o gestor do projeto no Sebrae, Noelber Gonçalves.
A expectativa do desdobramento científico destes estudos desenvolvidos no Estado de Rondônia irá gerar ao menos cinco artigos científicos além de estabelecer um protocolo de produção do tambaqui utilizando os recursos hídricos maneira mais racional.
Com a finalização do experimento, processamento dos dados e posterior inserção destas informações no projeto Rastreabilidade do Tambaqui de Rondônia, Danilo Streit têm a expectativa do sistema de produção desenvolvido e comprovado cientificamente ser implantado em Rondônia na produção do tambaqui.
O projeto conta com a parceria do governo de Rondônia, do Ministério da Pesca, da Universidade Federal de Rondônia, da Embrapa e do Senar.
Central de Relacionamento Sebrae – 0800 570 0800
Hojerondonia.com.