TESTONI E MOSQUINI: SUPERFATURAMENTO DE ESPAÇO ALTERNATIVO APONTA RESPONSABILIDADE DE LÚCIOMOSQUINI, COORDENADOR DA CAMPANHA DE CONFÚCIO

Suspeita é de que Mosquini e Testoni sejam sócios em empreiteira que executa as obras…

Em 26 de março de 2014 a Polícia Civil, O Ministério público e a Polícia Rodoviária Federal fizeram buscas e apreensões no escritório e nas residênciasdos sócios da empresa Rede multimídia de Jornalismo, em Ouro Preto do Oeste.  A ordem foi expedida pela Justiça Estadual de Rondônia a pedido do Ministério Público em razão de fortíssimos indícios de direcionamento e fraude nos processos licitatórios referentes às festas de fim de ano, no réveillon oferecido pela prefeitura municipal, na contratação do show de “Gabriel Gava”, com indícios dos crimes de dispensa indevida de licitação, frustração do caráter competitivo da licitação, falsidade ideológica, formação de quadrilha, entre outros.

Rodrigo Mota de Jesus seria o dono da empresa que estava abandonada, sem movimentação empresarial e a sua fachada não a identifica.O citado escritório do “esquema” era mantido nas dependências do Restaurante Ranchão, às margens da BR 364, imóvel de propriedade da família do prefeito do município, Alex Testoni (PSD). A suspeição é que Rodrigo seja “laranja” de Testoni e tenha sido beneficiado pelo prefeito.

Agora novamente o nome do milionário prefeito de Outo Preto aparece com suspeito de mais uma fraude. E traz a reboque o ex-diretor do DER Lúcio Mosquini, eleito deputado federal e coordenador da campanha de Confúcio Moura à reeleição. O Tribunal de Contas apontou superfaturamento de preços, sobrepreço e outras graves irregularidades nas obras do Espaço Alternativo, que está sendo construído pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER) nas proximidades do Aeroporto Jorge Teixeira, na capital. O valor original da obra, R$ 20.471.425,85 (vinte milhões, quatrocentos e setenta e um mil, quatrocentos e vinte e cinco reais e cinco centavos), está sendo custeado com dinheiro do empréstimo obtido pelo governador Confúcio Moura (PMDB) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com um termo aditivo, de R$2.330.662,88 (dois milhões, trezentos e trinta mil, seiscentos e sessenta e dois reais e oitenta e oito centavos) a obra já está em R$ 22.802.088,73 (vinte e dois milhões, oitocentos e dois mil, oitenta e oito reais e setenta e três centavos).

O projeto previa obras de requalificação ambiental, urbanística, paisagística, arquitetônica, aperfeiçoamento do sistema de macrodrenagem e instalação de equipamentos comunitários, uma área de lazer completa, com opções de prática de esportes individuais e coletivos, diversos equipamentos urbanos e uma durabilidade razoável. De açodo com o TCE as modificações no projeto ao invés de melhorar a sua qualidade acabaram por reduzir substancialmente a durabilidade dos pavimentos, além de eliminar as quadras esportivas. Ou seja, pagando 11% a mais sobre o preço inicial, a população acaba por receber muito menos (50%!) do que o inicialmente proposto.

A licitação foi vencida pelo Consórcio de Obras Centro Oeste no dia 5 de dezembro e a empresa só foi legalmente criada no dia 18 de dezembro, ou seja, 13 dias depois e só foi registrada na Junta Comercial no dia 30 de dezembro, portanto, não tinha documentação necessária para participar de uma licitação pública. O consórcio é formado pelas empresas Construtora e Instaladora Rondonorte LTDA, que pertence a Adiel Andrade e Max Silva Lopes Construções EIRELI LTDA EPP, cuja proprietária é Elba da Graça Silva. A Rondonorte possui 80% das cotas e a Max Lopes 20%. Além da criação tardia do consórcio o ex-diretor do DER Lúcio Mosquini era o engenheiro elétrico da Rondonorte até 2011, quando já estava no governo.

Ele é apontado como um dos responsáveis pelas irregularidades. É citado no relatório pela prática deato ilegítimo e antieconômico do qual resulta dano ao erário; também por realizar procedimento licitatório permitindo oneração excessiva ao erário eaindapor superfaturamento e sobrepreço; realizar procedimento licitatório sem previsão de recursos orçamentários e promover homologação e adjudicação irregulares de licitação.

Ele é investigado pelo Ministério Público do Estado por suposto enriquecimento ilícito e também por sua relação com a empresa Rondonorte e as obras do governo. De acordo com especialistas, é possível executar o projeto do Espaço Alternativo pela metade do valor, incluindo impostos e lucro de cerca de 20%. O autor das denúncias contra o ex-diretor do DER do governo Confúcio foi o deputado estadual Hermínio Coelho, que também acusa o prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni de ter participação no esquema. Segundo Coelho, o administrador da obra em Porto Velho seria Juan Testoni, filho de Alex. Ainda segundo ele, a empresa Rondonorte funciona em uma sala nos fundos de uma empresa que pertenceria ao prefeito. Recentemente Testoni havia anunciado que seria o coordenador geral da campanha de Lúcio Mosquini a deputado federal. Na região de Jaru e Ouro Preto, é voz corrente entre a população que Lúcio e Alex são sócios.

DA REDAÇÃO DO HOJERONDONIA.COM





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