O projeto foi apresentado para ser votado em regime de urgência pelo Parlamento na manhã de hoje. Mas, pelo menos desta vez, o bom-senso falou mais alto e o Plenário rejeitou o pedido.
No entanto, a matéria vai tramitar pelas comissões de Justiça e Redação, além da Finanças e Orçamento. Se receber parecer favorável, o projeto entra em votação já em março.
Por enquanto, pelo menos dois vereadores já se manifestaram contra a matéria: Eliane da Emater e Elias Músico (leia no link – http://www.extraderondonia.com.br/modules/geral10/item.php?itemid=122 ). O argumento de ambos é parecido.
Eliane afirma que antes de se criar mais cargos em comissão é preciso fazer a recomposição salarial de servidores efetivos. Já Elias Músico diz que a atitude do prefeito contraria sua própria pregação de campanha, quando Rover garantia não apenas deixar de usar o expediente para favorecimento a aliados; como também assegurava que extinguiria cargos deste tipo.
Há muito tempo se desconfia da existência de centenas de “portariados” na folha de pagamento da prefeitura, mas salvo um ou outro momento de reclamação acerca do assunto na tribuna da Câmara de Vereadores, o caso é mantido em stand-by. Até onde se sabe, instituições como o Ministério Público encaram a questão mais ou menos da forma que pregava o refrão da música da cantora Luka: “Tô nem aí, tô nem aí…”
A titularidade dos novos cargos, todos na CPL, lembra aquelas piadas sobre “aspones”, “asmenes”, “prepones” e premenes”. Senão vejamos:
– Assessor Administrativo de Licitações – 2 vagas – Salário R$ 2,5 mil – Gerente Geral de Registro de Preço – 1 vaga – Salário R$ 1,9 mil – Assessor de Apoio (é isso mesmo, leitor!!!) de Licitação – 5 vagas – Salário R$ 1,4 mil – Diretor de Controle do Fornecimento de Registro de Preços (esse é o melhor de todos!!!) – 1 vaga – Salário R$ 1,4 mil – Diretor de Cotação do Registro de Preços (cuma???) – 1 vaga – Salário R$ 1,4 mil.
No meio dessas invencionices há demanda pertinente no projeto, que seria a readequação dos salários de Secretário Executivo e Chefe de Cerimonial, que seriam fixados em R$ 3,6 mil. No entanto, por causa da peraltice da CPL, tudo pode ir à bancarrota. A bola agora está com a Câmara de Vereadores, única instituição neste momento que pode barrar.
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http://www.extraderondonia.com.br/modules/geral10/item.php?itemid=119
REDAÇÃO/EXTRA DE RONDÔNIA
TEXTO – MARIO QUEVEDO
ARTE – ANDRÉIA MACHADO
FONTE/HOJERONDONIA.