Contrato de terceirização da CAERD e esgotamento sanitário pode chegar a R$ 500 milhões em 30 anos. O vereador Sapata afirma que a prefeitura licitou a terceirização da CAERD e até assinou contrato com a empresa CSA, do estado de São Paulo.
A população de Cerejeiras está preocupada com mais uma conta que está por chegar. E os valores assustam. A terceirização da Caerd pode chegar a R$ 500 milhões num contrato de 30 anos, denuncia o vereador Sapata. E a administração municipal já vem de um desgaste por causa do aumento do IPTU e do aumento para a concessão de alvarás para abertura de empresas, agora silencia sobre a terceirização.
Até agora, apenas os vereadores Valdecir Sapat, Dione Ribeiro e Reinaldo Caburé se posicionaram contra. O vereador Sapata afirma que a prefeitura licitou a terceirização da CAERD e até só teve a vencedora da licitação, a empresa CSA, do estado de São Paulo.
E de acordo com Sapata, um sócio da empresa vencedora seria pessoa ligada ao ex-prefeito Airton Gomes, que abandonou o mandato pela metade de agora tenta retornar ao cargo. E o ex-prefeito Airton Gomes tem como seu maior defensor o vereador Samuka, que até gravou vídeo para defender o ex-mandatário de Cerejeiras.
Entenda todos os detalhes sobre a Terceirização
Em 2021, durante a pandemia da Covid-19, houve uma Audiência Pública para decidir os destinos dos serviços de água e esgoto sanitário. E pasmem, apenas 27 pessoas participaram da Audiência, sendo um técnico contratado de fora do município e três vereadores representando o Legislativo. Sobram 22 pessoas, contando o prefeito em exercício à época, José Carlos Valendorff e alguns comissionados.
Mas por que terceirizar o serviço de esgoto, por exemplo, que é tocado por dois funcionários. Ou seja, despesas mínimas. E qual seria o interesse de alguém em administrar os serviços de fornecimento de água, sendo que no verão amazônico os rios secam e “dizem” que o aqüífero de Cerejeiras não é dos melhores, inviabilizando a perfuração de poços artesianos.
O que os interessados nesse processo todo não sabiam é que a chegada de uma usina de etanol de milho em Cerejeiras colocaria os discursos deles por terra. Para o funcionamento da usina, o empreendimento necessidade milhões de litros de água por dia. Foi então que a empresa realizou estudos e constatou que o aqüífero de Cerejeiras é dos melhores e atende toda a demanda da usina e dos moradores. Ou seja: Alguém sabia dessa água em abundância, mas estava vendendo dificuldades para colher facilidades.
R$ 500 MILHÕES
Ainda conforme o vereador Sapata, o contrato será de R$ 300 milhões, podendo chegar a R$ 500 milhões em 30 anos. A empresa teria que fazer um investimento de 10% desses valores. Ou seja, cerca de R$ 47.000.000,00 (quarenta sete milhões de reais) em trinta anos de contrato, uma média de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais) por mês enquanto sua arrecadação anual poderá passar de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais) por ano.
A conta vai chegar!
A terceirização prevê a seguinte proposta: Será cobrado da população uma taxa de 89,50% sobre o consumo da água. Uma família que paga R$ 50,00 no consumo de água terá que pagar a taxa do esgoto no valor de R$ 44,75 por mês, ou seja R$ 50,00 de água + R$ 44,75 esgoto.
Em um ano essa família pagará mais de R$ 500,00 de taxa de esgoto, sem contar que essa conta de R$ 50,00 são para pessoas de baixa renda. Dessa forma, um gasto de água de R$ R$ 100,00 resultará em R$ 89,50 de taxa de esgoto e mais de R$ 1.000,00 ao ano. E quem paga em R$ 200,00 de água pagará R$ 179,00 reais de taxa de esgoto, sendo mais de R$ 2.000,00 ao ano.
Nas redes sociais, uma charge do artista gráfico Jonilson Souza circula nos grupos de whatsApp da cidade, revelando a suposta relação entre a gestora do município e o ex-prefeito em busca da aprovação da terceirização da Caerd.
O jornal Mídia Rondônia abre espaço para que as partes citadas possam esclarecer os fatos com suas versões.
Fonte: Por Mídia Rondônia
