A unidade de Saúde Leonardo Alves de Sousa, localizado no setor 08, de Vilhena, está infestado de pombos. A equipe de reportagem do Diário chegou até o local, por meio de uma denúncia de um paciente que relatou que a situação no posto de Saúde estaria crítica, devido à infestação das aves no local, sujeira no chão da unidade e a superlotação de doentes.
Os pombos moram na área do Posto de Saúde. Ao redor o odor é forte e há muitas fezes das aves espalhada pelo chão. Segundo o eletricista Edir Gonçalves, que utiliza os serviços da Unidade de Saúde, alguma providência precisa ser tomada pelas autoridades. “Pombos transmitem doenças. É preciso tirar eles de lá. Tem muitas fezes no chão e dizem que quando chove, cai água misturada com fezes em cima dos pacientes que ficam sentados aqui na área aguardando atendimento”, alerta.
De acordo com a diretora do local, Elisabete Godin, a secretaria municipal de Saúde já solicitou a dedetização do local para tentar afastar os pombos do local, mas não resolveu. “Não podemos passar veneno para matá-lo. É crime. Podemos ser multados”, disse Elisabete. Matar essa ave pode configurar crime ambiental, de acordo com a Lei Federal nº 9605, de 1998.
Segundo Clair Oliveira, coordenador da Atenção Básica de Saúde do município, a secretaria vai dedetizar o local para afastar as aves da Unidade de Saúde. “Vamos dedetizar novamente. Vamos ter que procurar alguém que seja especialista nisso para tentar acabar de vez com esse problema”, disse.
DOENÇAS
As principais doenças causadas por pombos são a criptococose – que ataca o pulmão e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose profunda e até meningite; histoplasmose – transmitida por fungos presentes em fezes secas de pombos e morcegos. Causa micose profunda e afeta os órgãos internos; salmonelose – intoxicação alimentar causada por bactérias que contaminam alimentos, principalmente as carnes. Gera diarreia intensa e outros sintomas abdominais; dermatites e alergias – originadas pelos microorganismos como o piolho de pombo e ácaros que causam coceiras, infecções na pele e até problemas respiratórios.
SUJEIRA TAMBÉM É ALVO DE RECLAMAÇÕES
Outra reclamação dos pacientes é quanto à sujeira na Unidade. “O chão do Posto de Saúde está todo sujo de barro. É até feio olhar, nem parece um posto de saúde”, disse Edir. A Unidade tem uma funcionária que limpa o local todos os dias. “Ela chega às 5h e às 7h está limpo, pronto para receber a população, mas como não tem asfalto aqui na rua e está chovendo bastante é impossível parar limpo. A gente limpa o chão quando termina os atendimentos”, explica Elisabete. Para tentar amenizar o problema da lama e do barro, devido o período chuvoso, o coordenador da Atenção Básica disse que já solicitou junto a Secretaria Municipal de Obras que espalhe cascalho em frente e no pátio do Posto de Saúde. “Não resolve muito, mas já ajuda”, finaliza Oliveira.
Já quanto à superlotação, a explicação da direção é que atualmente a Unidade oferece vários médicos. “Temos uma demanda grande de pacientes”, disse. Hoje o Posto tem três médicos clínicos geral, um cardiologista, um pediatra e uma enfermeira exclusiva para gestantes. “Esses profissionais, principalmente o pediatra é muito procurado pela população”, ressalta Elisabete.
Autor/Diário da Amazônia.
Fonte/hojerondonia.com.