Vilhena retoma plantio de algodão em Rondônia

A Fazenda Jakeline está concluindo a colheita de algodão no cerrado vilhenense. Foram plantados 460 hectares da variedade 6001-LL transgênico…

Esta é a primeira experiência de plantio de algodão no cone sul do Estado. Plantado em 20 de janeiro iniciou o processo de germinação em 04 de fevereiro e a colheita há uma semana. A expectativa da safrinha é uma colheita de 220 arrobas por hectare, de acordo com a previsão do técnico responsável Devair Santos Martinez.

É uma produtividade considerável haja vista que em Campos de Júlio (MT) onde a Fazenda Saudade, do mesmo Grupo Mazutti, já planta soja há anos, a produtividade da safrinha deve fechar a colheita em 180 arrobas por hectare. No cone sul é o primeiro plantio da espécie. Entre 92 e 98 o algodão foi plantado em Ji Paraná e Cacoal, mas não houve prosseguimento na experiência agrícola. O grupo Mazutti tem larga experiência no mercado. Entre as fazendas Saudade, KJ e Jakeline calcula-se um plantio de 18 mil hectares.

Foram realizadas durante todo o processo de plantio de colheita pelo menos 12 aplicações de fertilizantes, inseticidas e fungicidas, estes dois últimos para combater as pragas e lagartas em especial o bicudo, uma das mais prejudiciais ao algodão. Caso a experiência da safra leve o grupo a continuar investindo na cultura no cerrado vilhenense será necessário a instalação de armadilhas para combater as lagartas com pelo menos dois meses de antecedência, como informou Devair.

Apesar da boa produtividade não é certo que o algodão vai mesmo continuar sendo plantado na Fazenda Jakeline. Um dos principais empecilhos é a tributação, uma vez que, sem uma algodoeira instalada no Estado toda a produção tem que ser remetida para Campos de Júlio para o processo de descaroçamento. O imposto cobrado na saída do produto de Rondônia para o Mato Grosso gera dupla tributação, o que pode inviabilizar o negócio.

A saída seria uma indústria processadora em Rondônia, para que a produção saísse direto a caminho da exportação via porto de Porto Velho e futuramente via Rodovia do Pacífico.

A produção, segundo Devair, poderia ser melhor não fosse a falta de chuva no período necessário, mas levando em consideração a situação climática e o fato de ser safrinha a produtividade foi generosa. Com comercialização garantida no mercado futuro o cultivo do algodão em Rondônia pode ganhar novos impulsos. Há uma previsão de que produtores de Pimenta Bueno também plantem a oleaginosa no ano que vem. O próprio grupo Mazutti estuda uma possibilidade de dobrar a área plantada no ano que vem caso, feitam todas as contas e superada a questão tributária, a experiência redunde em lucratividade.

Autor/Fonte e Fotos: Hojerondonia:





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