CAFÉ: Espécie de Rondônia é destaque nacional

Um levantamento técnico apresentado pelo escritório regional do Sebrae em Cacoal, posiciona Rondônia como o segundo maior produtor de café da espécie robusta, com 17,9% perdendo apenas para o Espírito Santo, com 70,1%. Rondônia supera estados tradicionais neste tipo de cultura como a Bahia, com 5,5%; Pará, com 2,2%; Mato Grosso, com 1,2%; Minas Gerais, 0,3%; Rio de Janeiro 0,1% e outros que somam juntos 2,7%.

Para o gerente regional do Sebrae em Cacoal, Lucimar Antônio Gonçalves, os números apresentados “revelam uma face nova e relevante para economia do Estado, vez que ele sempre fora conhecido em termos nacional como grande produtor do café tipo conilon, mais voltado para o consumo interno, enquanto que o café robusta é um produto típico para exportação”.

Outro dado técnico interessante apresentado pelo mesmo levantamento refere-se à produção do tradicional café conilon em Rondônia, que caiu do segundo para o sexto lugar no ranking dos estados produtores. Em primeiro vem Minas Gerais com 51,3% e na sequência, Espírito Santo, 22,2%, São Paulo 9,6%, Paraná 5,7%, Bahia 4,7% e Rondônia 4,1%, Pará 0,5%, Mato Grosso 0,3% Rio de Janeiro 0,6% e outros somam 1,1%.

Recuperando terreno

O presidente da Cooperativa dos Cafeicultores do município de Cacoal, Valdemir de Oliveira Bastos, reconhece que na safra 2011, a produção do café Conilon naquele município sofreu uma queda significativa por diversos fatores que vai girar em torno de 50%. A previsão é de que sejam colhidos nesta safra uma produtividade média girando em torno de 10,91 saca por hectare de lavoura cultivada.

No entanto, técnicos e produtores rurais estão otimista acreditando que na safra de 2012, o município volte a repetir a colheita de 2010, quando foi obtida uma produção média de 21,97 sacas por hectare. Fatores climáticos, manejo inadequado, baixo potencial genético das cultivares e o envelhecimento dos cafezais, assim como os avanços da pecuária leiteira e de corte aos poucos vão tomando o espaço das lavouras de café no município de Cacoal.

Preocupados inclusive com o êxodo rural, o secretário de Agricultura do município, Vilmar Kemper e o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores, Valdemir de Oliveira Bastos, por meio de uma parceria formaram um viveiro para distribuir 100 mil mudas de café Conilon de boa qualidade para o plantio nas safras de 2011 e 2012, acreditando na retomado do crescimento das lavouras de café naquele município. “Acreditamos que com o apoio do governador Confúcio Moura e do secretário de Agricultura, Anselmo de Jesus, vamos recuperar o terreno perdido,”, aposta Valdemir Bastos.

Pequenos e médios

A cafeicultura em Rondônia esta concentrada em pequenas e médias propriedades rurais, com uns plantando pouco e outros cultivando mais. Como o governo do Estado tem um programa voltado principalmente para agricultura familiar, “não será tão difícil assim recuperarmos as lavouras que estão sendo abandonadas”, avalia o secretário Vilmar Kemper.

Um bom exemplo desta expectativa reside no fato de que o município de Cacoal tem 4.700 propriedades rurais e 85% são de agricultura familiar e 60% delas com maior ou menor intensidade produz sempre um pouco de café. Porém à produção de leite e do gado de corte estão reduzindo os espaços de outras culturas. Contudo, neste município as parcerias entre governo do Estado e prefeitura municipal, estão avançando na implantação de agroindústrias com excelentes resultados.

Cadeia produtiva

Calcula-se que em Cacoal mais de 11 mil hectares de lavouras ainda sejam exploradas com a cultura do café, gerando empregos no campo e na cidade. Na propriedade do agricultor Rodolfo Peterd, na linha 6, que aos 79 anos explora racionalmente 44 alqueires de terras, juntamente com dois filhos, sendo 10 alqueires de café e 15 de pasto e lavouras de subsistência e o restante área de preservação ambiental. Este, é um exemplo de agricultura familiar bem sucedida.

Entre as matas preservadas e as lavouras de café de Rodolfo Peterd nasce o rio Pirarara, descoberto em 1912, pelo marechal Cândido Rondon, onde ainda se pode beber uma água bem fria, que corre pura e límpida filtrada pelos agentes da natureza. Ali a cadeia produtiva do café, consorciada com outras culturas, os macacos, papagaios, maritacas e outras espécies nativas se divertem e se alimentam mostrando que na realidade se o homem quiser pode produzir e conviver em paz com o meio-ambiente.

DECOM/GOVERNO/RO.

Fonte/Hojerondonia.com.

 





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